sexta-feira, 4 de setembro de 2009

É dia de feira



Quarta é dia de feira no meu bairro. As 4 da manha começam a montar as barracas. A 1 da tarde jã estão desmontando. São frutas, verduras, legumes, tempeiros, bugigangas.


Sempre se encontram umas figuras incríveis na feira. Tem consertador de panelas de pressão, os vendedores gordos, peludos e suados gritando, o molequinho vendedor de limao, alho e maracuja perambulando o local de ponta a ponta, o outro rapazinho que gentilmente se oferece para carregar as sacolas das velhinhas donas de casa a troco de algumas moedas.


As senhoras cocotas, com bobs na cabeca e um pano colorido para cobrir-los. Essas sim sabem fazer bem uma feira. Costumeiramente moram no bairro ha muitos anos, conhecem todos os vendedores, sabem pechinchar e conseguir o produto mais adequado pra aquele prato especial que vao preparar.


Tem tambem os chineses do pastel... Com aventalzinho e boné branco a familia inteira se reúne para preparar a maior tradição da feira paulistana. Queijo, carne, pizza, palmito, especial, brigadeiro e outros sabores cada vez mas inusitados. Hmmmm, o pastel!!! Mas sempre muito bem acompanhado ao caldo de cana com muito limão. É um excelente exemplo de negócios complementares. Um não existe sem o outro.


Outra tradição da feira é a sacola. Tem que ser dessas listradinhas, coloridas, com alças plásticas. Há quem opte pelo carrinho. De metal prateado, todo engradado. Vai chegando o fim das compras e qualquer coisa que você tenha escolhido para carregar as suas coisas, sempre volta absolutamente lotado de sacolinhas plásticas pesadíssimas.

E o fim da feira chega. Aquela gritaria: Abobrinha é um real, maçã gala, maçã fuji, tudo de qualidade! Vai uma alfacinha hoje madame? E a clássica: Moça bonita nao paga, mas também nao leva! E começa o furdúncio. Desmonta a barraca, coloca no caminhão, a rua cheia de restos de todo tipo de verdura e fruta, o caminhão da prefeitura jogando água, os garis varrendo. Mas não tem jeito: o cheiro de peixe não sai até o dia seguinte.

Acredito que a feira é a experiência mais paulistana que alguém pode ter. Lá estão da madame ao mendigo, do caos e da sujeira às cores, cheiros e sabores, do silencio da madrugada aos gritos do meio-dia.

Então tá então. Nos vemos no próximo post pra fazer umas comprinhas e tomar um caldo de cana com bastante limão e um pastel de palmito. Até lá!

Um comentário:

Lady Rouge disse...

Amei o post!Muito bem escrito!!

quero pastel!!!!!!!!!!!!!!

bjos